REQUALIFICAÇÃO URGENTE DO IC8

Hoje, os deputados do PSD estiveram no IC8 em defesa da urgente requalificação. O IC 8 é um itinerário complementar que faz a ligação entre a A17, junto ao Outeiro do Louriçal, e a A23, perto de Vila Velha do Ródão, uma via que promove uma ligação principal entre o litoral e interior do país.

O estado de degradação da via tem contribuído para dezenas de mortes ao longo dos últimos anos. É urgente a requalificação desta via, em especial o troço entre Pombal e Avelar (Ansião), com cerca de 20 km.

Como refere e bem a Petição lançada em defesa do IC8, “este troço é o único que falta para completar a requalificação deste itinerário tão crucial para o desenvolvimento estratégico e integrado do nosso país, acrescendo ainda o facto desta intervenção ter sido retirada da Concessão do Pinhal Interior Norte e não estar incluída em nenhum documento estratégico da Infraestruturas de Portugal”.

Deputados do PSD apresentam Projeto de Resolução que recomenda ao Governo que promova, com urgência, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária Raul Proença, do agrupamento de escolas Raul Proença, do concelho das Caldas da Rainha, distrito de Leiria

Projeto de Resolução nº 722/XIV/2ª

Recomenda ao Governo que promova, com urgência, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária Raul Proença, do agrupamento de escolas Raul Proença, do concelho das Caldas da Rainha, distrito de Leiria

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Construída no final dos anos 70, a Escola Secundária de Raul Proença, estabelecimento de ensino secundário e 3.º ciclo do ensino básico, pertencente ao Agrupamento de Escolas Raul Proença, com valorada avaliação pelo Ministério da Educação e amplo reconhecimento da qualidade do seu projeto educativo e percurso de qualificação dos seus alunos, tem vindo a assistir à acentuada e progressiva degradação das condições de habitabilidade, conforto e desadequação funcional do seu edificado.

A escola é composta por 4 edifícios modulares, ginásio e espaços exteriores de campos desportivos e zonas de estar.

No geral há um baixo desempenho físico-construtivo do espaço escolar com desgaste provocado pelo uso, pelo envelhecimento natural, e pelas patologias construtivas no interior das edificações e recinto exterior, bem como nas redes prediais.

Verifica-se desconforto térmico, acústico e lumínico no geral, e muito baixa eficiência energética, considerando os referenciais atualmente convencionados como obrigatórios/recomendados.

Nos edifícios dos blocos de salas de aulas existem problemas de impermeabilização e observam-se empolamentos das pinturas, desgaste da coloração das fachadas, eflorescências e fissuração nas paredes exteriores, vedantes das janelas ressequidos e estores danificados. Nas instalações sanitárias há maus cheiros e por vezes inundações.

Os pavimentos estão muito desgastados e têm falhas de reparações parcelares. Existem escadas e outros acessos não regulamentares. Os vãos exteriores apresentam caixilharia de alumínio com vidro simples. Não existe sistema de refrigeração/ventilação, o aquecimento de algumas salas é conseguido através da utilização de aquecedores de resistência elétrica. Os equipamentos informáticos e servidores estão obsoletos e cabos de alimentação estão à vista.

Urge uma intervenção que corrija os problemas construtivos manifestos, a reparação e/ou substituição parcial de redes de águas, esgotos e de eletricidade; uma adequação funcional tendo em conta a diversificação e qualificação dos espaços destinados ao ensino-aprendizagem, com relevância para laboratórios das ciências experimentais e espaços de práticas de educação física e desporto; as áreas e contextos de aprendizagem informal, que a evolução do modelo educativo e dos processos de ensino-aprendizagem exigem; a melhoria das condições de segurança e de acessibilidade e da eficiência energética e de sustentabilidade ambiental.

Apesar das várias solicitações à tutela, tem havido uma total ausência de programas integrados de intervenção, tendo ocorrido apenas intervenções pontuais e minimalistas do Ministério da Educação e da Direção Regional de Educação e investimento da liderança do agrupamento em ações de conservação, muitas vezes com os meios da escola e da autarquia.

Urge que o Ministério de Educação promova a reabilitação da escola em referência, a qual já foi por diversos interlocutores reconhecida como necessária e de que já foi presente, em cumprimento com o acordado em audiência da Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Educação, contributos para um programa preliminar e estimativa orçamental em setembro de 2018.

De acordo com a informação do Gabinete da Secretária de Estado Adjunta e da Educação, recebida pela Câmara Municipal, após pronúncia de contestação, a Escola Secundária Raul Proença integra, como escola de intervenção prioritária, o mapeamento do Sistema Integrado de Gestão dos Estabelecimentos Escolares, que referencia as necessidades de investimento em novas estruturas educativas, bem como de “intervenções de requalificação e modernização de grande dimensão”.

Conforme determinado no artigo 50º do decreto-lei nº 19/2019 de 30 de janeiro de 2019, que concretiza transferências de competências no domínio da educação, é ao departamento governamental que cabe assegurar o financiamento das operações em edifícios e equipamentos escolares, conforme prioridades definidas, inscrevendo-se a Escola Secundária Raúl Proença na priorização pelo critério definido na alínea b) do referido ponto 2 do 50º artigo de referido Decreto-Lei como escola “cujo estado de conservação, bem como os indicadores de utilização e conforto sejam inadequados ao desenvolvimento qualitativo dos respetivos projetos educativos.

Assim nos termos constitucionais e regimentais, os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata apresentam o seguinte projeto de resolução:

A Assembleia da República resolve, nos termos da alínea b) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa, recomendar ao Governo que realize com urgência a intervenção de ampliação e requalificação da Escola Secundária Raul Proença nas Caldas da Rainha e proceda à cabimentação dos recursos financeiros

Assembleia da República, 13 de outubro de 2020.

Os Deputados do Grupo Parlamentar do PSD,

Hugo Oliveira

 Margarida Balseiro Lopes

Pedro Roque

Olga Silvestre

João Marques

Luís Leite Ramos

 Cláudia André

António Cunha

 Firmino Marques

Alexandre Poço

Carla Madureira

Isabel Lopes

Maria Gabriela Fonseca

Duarte Marques

Emídio Guerreiro

Hugo Carvalho

Isaura Morais

José Cesário

Maria Germana Rocha

Pedro Alves

Hoje, passados 3 anos do incêndio do Pinhal de Leiria

Pergunta: Pinhal de Leiria, 3 anos depois do incêndio

No dia 15 de outubro de 2017, o Pinhal de Leiria, uma das grandes heranças e património natural do nosso país, mandado plantar pelo rei D. Afonso III no século XIII e aumentado substancialmente pelo rei D. Dinis I, teve 86% da sua área completamente destruída num violento incêndio.

A Mata Nacional de Leiria, também conhecida por Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, é propriedade do Estado e é ao Estado que devem ser assacadas as responsabilidades por três anos de pouca ação no que ao Pinhal de Leiria diz respeito.

Têm sido várias as recomendações feitas pela Assembleia da República sobre esta matéria. Desde logo, porque há a convicção de que a reflorestação do Pinhal de Leiria deve ser uma prioridade do Estado. Importa saber de que forma tem o Governo dado cumprimento às recomendações que o Parlamento faz sobre o Pinhal de Leiria.

Os deputados do Partido Social Democrata, abaixo-assinados, vêm por este meio requerer ao Governo, e em particular ao Senhor Ministro do Ambiente e da Ação Climática, por intermédio de Vossa Excelência, nos termos e fundamentos que antecedem, respostas às seguintes perguntas:

1 – Que verba está prevista na Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2021 para aplicar em ações necessárias à recuperação da Mata Nacional de Leiria?

2 – Face a 2017, qual é que é atualmente a capacidade do ICNF, nomeadamente, no que diz respeito a meios financeiros e humanos, alocados ao cumprimento dos planos de reflorestação e gestão e da Mata Nacional de Leiria?

3 – Quando estará finalizado e disponível o portal eletrónico de acesso geral onde seja divulgada, mensalmente, informação sobre o prosseguimento das ações necessárias à recuperação e valorização da Mata Nacional de Leiria, conforme Resolução da Assembleia da República n.º 50/2020?

4- Qual a previsão para aprovação dos planos de gestão florestal das matas e perímetros florestais litorais?

O Deputados,

MARGARIDA BALSEIRO LOPES(PSD)
HUGO PATRÍCIO OLIVEIRA(PSD)
PEDRO ROQUE(PSD)
OLGA SILVESTRE(PSD)
JOÃO GOMES MARQUES(PSD)


Deputados do PSD de Leiria questionam Ministra da Saúde sobre sobrelotação do serviço de urgência da unidade das Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República


Nos últimos meses tem sido crescente o número de relatos de situações em que a sobrelotação e a escassez de recursos humanos do serviço de urgência da unidade de Caldas da Rainha, do Centro Hospitalar do Oeste, têm posto em causa o atendimento dos utentes do Serviço Nacional
de Saúde que residem naquela região.


Tal foi o que sucedeu, por exemplo, e de forma reiterada, com o atendimento da valência de Ortopedia em carácter de Urgência da Unidade de Caldas da Rainha, que teve de passar a ser assegurado pela Unidade de Torres Vedras.


Mas também o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) dessa mesma unidade de Caldas da Rainha tem estado transitoriamente incapacitado de receber doentes urgentes/emergentes,por sobrelotação, o que acarretou inclusivamente a retenção de macas de Bombeiros e obrigou ao redireccionamento e encaminhamento das situações para outras instituições.


Acresce que as obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha já deveriam ter terminado há cerca de um ano, levando a uma sobrelotação que fere os mais nobres princípios de dignidade daqueles que “desesperam”
durante horas e ou dias em macas nos corredores.


Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar do PSD, vêm, por este meio, dirigir à Ministra da Saúde, através de Vossa Excelência, as seguintes perguntas:

  1. Tem o Governo conhecimento da situação de sobrelotação do serviço de urgência da unidade de Caldas da Rainha, do Centro Hospitalar do Oeste?
  2. Que medidas tenciona o Governo fazer adotar para aumentar a capacidade de atendimento daquele serviço e em que prazos?
  1. Qual é o reforço de pessoal necessário para a unidade de Caldas da Rainha, do Centro Hospitalar do Oeste, especialmente para o respetivo serviço de urgência e para quando está prevista a concretização desse reforço?
  2. Qual é a data prevista para a conclusão das obras de remodelação e ampliação do serviçode urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha?
    Palácio de São Bento, 9 de outubro de 2020
    Deputado(a)s
    HUGO PATRÍCIO OLIVEIRA(PSD)
    MARGARIDA BALSEIRO LOPES(PSD)
    PEDRO ROQUE(PSD)
    OLGA SILVESTRE(PSD)
    JOÃO GOMES MARQUES(PSD)
    ANTÓNIO MALÓ DE ABREU(PSD)
    CLÁUDIA BENTO(PSD)
    FERNANDA VELEZ(PSD)
    OFÉLIA RAMOS(PSD)

Deputados do PSD apresentam Projeto de Resolução nº 692/XIV/2ª

Recomenda ao Governo que promova, com urgência, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária de Porto de Mós do Agrupamento de Porto de Mós, deste mesmo concelho, distrito de Leiria

Projeto de Resolução nº 692/XIV/2ª

Recomenda ao Governo que promova, com urgência, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária de Porto de Mós do Agrupamento de Porto de Mós, deste mesmo concelho, distrito de Leiria

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

O Agrupamento de Escolas de Porto de Mós tem na sua constituição diferentes estabelecimentos de ensino entre os quais a escola sede, a Escola Secundária de Porto de Mós, um edifício com mais de 40 anos de existência. Neste agrupamento estão matriculados aproximadamente 2349 alunos, dos quais 903 pertencem ao 3º ciclo e ensino secundário, distribuídos por turmas do ensino regular e ensino profissional, em duas escolas secundárias.

A Escola Secundária de Porto de Mós com mais de 40 anos, frequentada por cerca de 700 alunos, tem vários problemas de segurança e de desconforto térmico pelo que requer uma  tomada de decisão, urgente na sua reabilitação e ampliação.

 Esta escola é de  tipo pavilhonar, composta por sete blocos com uma cobertura, que contém amianto. As salas de aula são geladas no inverno e insuportavelmente quentes no verão.

O estado de degradação de vários elementos construtivos, nomeadamente dos muros de sustentação de terras – em perigo de ruir- e do pavimento exterior, colocam em causa a segurança dos seus utilizadores.

Em  janeiro de 2020, em reunião entre o Município de Porto de Mós e a Secretaria de Estado da Educação  foi discutida a requalificação e ampliação da Escola Secundária tendo sido manifestada a abertura  do Ministério da Educação para que a intervenção tão necessária ocorra.

A solução que o Município de Porto de Mós já propôs a este e ao anterior Governo consiste na requalificação e ampliação da Escola Secundária de Porto de Mós para que seja possível acolher os alunos da Escola Básica Dr. Manuel de Oliveira Perpétua do mesmo agrupamento de escolas,  sita na Corredoura, porque também esse edifício necessita de obras de requalificação que são da responsabilidade do Ministério da Educação.

Esta solução já proposta pelo Município ao Ministério da Educação permite, assim que ampliada e requalificada a Escola Secundária  de Porto Mós, acolher os alunos dos 5º e 6º anos promovendo melhores condições de ensino e aprendizagem viabilizando a melhor articulação pedagógica entre ciclos de escolaridade.

É absolutamente premente, indispensável e urgente a realização da ampliação e requalificação da Escola Secundária de Porto de Mós.

Assim nos termos constitucionais e regimentais, os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata apresentam o seguinte projeto de resolução:

A Assembleia da República resolve, nos termos da alínea b) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa, recomendar ao Governo que realize com urgência a intervenção de ampliação e requalificação da Escola Secundária de Porto de Mós e proceda à cabimentação dos recursos financeiros .

Assembleia da República, 2 de outubro de 2020.

Os Deputados do Grupo Parlamentar do PSD

LUÍS LEITE RAMOS (PSD) , CLÁUDIA ANDRÉ (PSD) , ANTÓNIO CUNHA (PSD) , OLGA SILVESTRE (PSD) , HUGO OLIVEIRA (PS) , MARGARIDA BALSEIRO LOPES (PSD) , PEDRO ROQUE (PSD) , JOÃO GOMES MARQUES (PSD) , FIRMINO MARQUES (PSD) , ALEXANDRE POÇO (PSD) , CARLA MADUREIRA (PSD) , ISABEL LOPES (PSD) , MARIA GABRIELA FONSECA (PSD) , DUARTE MARQUES (PSD) , EMÍDIO GUERREIRO (PSD) , HUGO CARVALHO (PS) , ISAURA MORAIS (PSD) , JOSÉ CESÁRIO (PSD) , MARIA GERMANA ROCHA (PSD) , PEDRO ALVES (PSD)
PSD

Deputados do PSD questionam a Ministra da Agricultura sobre os custos de ligação da rede de rega da Cela, no concelho de Alcobaça, às explorações de 450 agricultores.

Assunto:  Modernização da Rede de Rega e Açudes de Derivação do Aproveitamento Hidroagrícola da Cela

Destinatário: Ministra da Agricultura

Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República

  A obra de modernização da rede de rega e açudes do aproveitamento hidroagrícola da Cela, situa-se nos concelhos de Alcobaça, freguesias de Bárrio e Cela e, Nazaré na freguesia de Valado de Frades. O dono de obra é a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, tendo como beneficiários os agricultores e empresas agrícolas da área intervencionada.

  Trata-se de uma obra de modernização da rede de rega, de automação e controlo, constituída por tubagem enterrada com diâmetros variáveis, com desenvolvimento total de 20 km, por travessias de estradas, caminhos e valas de drenagem e órgãos e equipamentos conexos. Incluída nesta obra está a empreitada de reabilitação do açude de derivação existente mas degradado e obsoleto, construção da estação elevatória do aproveitamento hidroagrícola da Cela e equipamentos conexos. Fazendo também parte da obra, estão as empreitadas de reabilitação de caminhos agrícolas revestidos, a empreitada de construção do edifício sede da Associação de Beneficiários da Cela e, a aquisição de serviços de fiscalização e/ou acompanhamento das empreitadas.

 O valor total e elegível da obra orça em 10 138 289,65€, com um apoio financeiro da União Europeia de 8 617 545,65€ e, um apoio financeiro Publico Nacional de 1 520 743,35, distribuídos pelas empreitadas referidas, da seguinte forma:

1-Modernização da rede de rega————————————————— 3 370 790,59€

2-Fiscalização  da Modernização da Rede de Rega—————————–     66 971,50€

3- Construção de Estação Elevatória———————————————- 2 309.316,17€

4-Fiscalização da Construção da Estação Elevatória—————————      66 973,20€

5-Construção do Edifício Sede——————————————————     347 762,36€

6-Coordenação da Obra do Edifício Sede —————————————           2 827,35€

7-Caminhos Agrícolas Revestidos————————————————–      209 500,00€

8-Estação Elevatória e Drenagem————————————————–      432 109,21€

  Temos assim um total de despesa efetuada ou comprometida de 6 806 250,38€ o que significa um saldo disponível de 3 332 038,62€, isto é, foram ou serão executados cerca de 67% do montante global elegível aprovado, com um sobrante de cerca de 33%, o que significa uma “poupança” para o Estado de 501 845,00€, pois com este nível de execução o Estado comparticipará com cerca de 1 018 898,00€. O valor sobrante da comparticipação da EU  terá forçosamente de ser devolvido, de acordo com as regras do Portugal 2020 – Programa de Desenvolvimento Rural (PDR).

  A obra está a decorrer com alguns atrasos, mas considerados dentro da normalidade para este tipo de intervenções, mas com muitas reclamações dos agricultores e empresas agrícolas, pois pretendem muito justamente, que a rede de aproximação às propriedades seja incluída na obra. Sabe-se e entende-se que esta rede não poderá ser comparticipada pelo PDR, pois as regras não o permitem. Mas, não se entende nem aceita que o Estado não o assuma, negando-se a pagar esta rede de aproximação, sem a qual todo o investimento será inútil. Esta rede custará entre 200 000€ e 250 000€, que os agricultores não têm, dado que devido á conjuntura e natureza da atividade, não conseguem gerar lucros para fazer face a esta eventual despesa, que nalguns casos atinge muitos milhares de euros.  Porquê esta teimosia do Governo, mormente do Ministério da Agricultura ao recusar a assunção desta despesa, melhor, deste fundamental investimento que justifica a restante obra? Se o Governo poupa o valor acima descrito, porque não aplica uma parte no pagamento da rede de aproximação? Aliás, no sistema de rega antigo (trata-se de uma reabilitação) os agricultores tinham a água junto às suas propriedades, pelo que têm um direito adquirido e, por isso mesmo não entendem nem aceitam que esta obra não venha a ser incluída e paga ou comparticipada pelo Estado Português. Há agricultores que por falta de recursos não conseguem ou recusam o pagamento, pois os custos são insuportáveis para as suas pequenas empresas ou explorações agrícolas. Ora, sendo um sistema “em série”,  a recusa de um impede outros a jusante que, eventualmente quisessem ou pudessem pagar, de usufruir da rede, ficando assim também privados da água proveniente deste “novo” sistema.

   Assim sendo e face ao exposto e, ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, os deputados abaixo assinados do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, vêm endereçar a Vossa Excelência a seguinte pergunta à Sra Ministra da Agricultura:

   Está a Senhora Ministra e o Governo disponíveis para garantir o financiamento desta Rede de Aproximação (às propriedades), com os montantes sobrantes da Contrapartida Nacional?  Sendo o dono de obra a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), tem ou não a obrigação de comparticipar a totalidade da obra, sem onerar os agricultores? É ou não verdade que na estrutura de custos e financiamento da obra, não está prevista ou equacionada qualquer comparticipação dos agricultores? Trata-se duma questão de vontade política, pois estando a verba disponível foi cabimentada para esta obra e por isso, não pode ser utilizada noutra

 Palácio de S Bento, 30 de setembro de 2020

Os deputados do Partido Social Democrata

João Manuel Gomes Marques

Hugo Patrício Oliveira

 Margarida Balseiro Lopes

Pedro Roque

Olga Silvestre

Catarina Rocha Ferreira

Emília Cerqueira