Deputados do PSD de Leiria visitam o território fustigado pelos incêndios

No passado dia 18 segunda feira, em conjunto com a Comissão Politica Distrital do PSD, os deputados do PSD de Leiria visitaram os concelhos do distrito que foram fustigados pelos incêndios.

Uma visita com o intuito de ouvir os autarcas e a população em geral sobre as consequências trágicas para o território.

Foram efetuadas reuniões com os Presidentes de Câmara de Leiria, de Pombal, Ansião e Alvaiázere, assim bem como com os presidentes de Junta das freguesias afetadas.

Foi estabelecido contato com a população afetada, desde empresários a agricultores que perderam as suas instalações e equipamentos de produção até àqueles que perderam as suas casas e em muitos casos o sustento.

Das referidas reuniões foi possível concluir:

  1. Que o DECIR 2022, Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais tem mais meios do que no passado mas ainda assim insuficientes na sua ação imediata de combate aos incêndios, nomeadamente com a disponibilização de meios aéreos pesados para fazer face no combate ao inicio dos incêndios em locais de difícil acesso.
  2. Que as forças policiais tiveram atitude de destaque na sua função de organização, nomeadamente de corte de vias e apoio à população (aprendendo com a tragédia de 2017).
  3. Que as forças armadas terão chegado tarde de mais ao teatro de operações, devendo por isso ser acautelada a sua presença mais atempadamente libertando assim os operacionais para o combate às chamas.
  4.  Que por mais meios que sejam alocados serão sempre insuficientes, visto que a montante terá de ser resolvido o problema da floresta em Portugal
  5. Que este governo não aprendendo com a tragédia de 2017 pouco ou nada fez para a reforma da floresta.
  6. Que enquanto não houver uma visão de reorganização e rentabilidade da floresta criando mosaicos com diferentes espécies florestais, e onde seja possível remunerar os proprietários, a floresta continuará ao abandono e à mercê destes fenómenos.
  7. Que se exige imediata ação para terminar o cadastro, para promover a reorganização, rentabilidade e supervisão da floresta como medida para a região e para combate a este flagelo.
  8. Que a Florestgal não tem cumprido a sua função embora na sua origem conste  passamos a citar  “Assumimo-nos como um instrumento de política pública que irá intervir no âmbito da estratégia nacional de desenvolvimento florestal e do ordenamento do território.” Fica claro o falhanço desta empresa pública que deve ser questionada sobre a sua ação para além de protocolos, intenções e pequenas ações de “maquilhagem”
  9. O reconhecimento pelo trabalho dos Bombeiros e da população em geral que em auxilio dos vizinhos e outros lesados tiveram na primeira linha na defesa dos bens dos mesmos de uma forma empenhada e por vezes arriscando a sua própria integridade.
  10. O reconhecimento do trabalho dos autarcas no apoio às populações vitimas de tal fenómeno.
  11. Transmitir uma palavra de conforto para com as vítimas deste flagelo, nomeadamente os feridos e os que tudo perderam.

Os deputados do PSD de Leiria e a Comissão Política Distrital do PSD para além de se associarem às preocupações aqui descritas reivindicam para a região uma linha de apoio aos empresários, agricultores e autarquias para fazer face imediata às consequências deste incêndio.

Propõem ainda, com base no histórico pelo menos da última década, que este território seja definido como uma área de especial atenção com reforço de meios para a prevenção e combate aos incêndios.

Hugo Oliveira questiona Ministra da Saúde sobre o CHO

Sr Presidente

Sra Ministra Srs Secretarios de Estado

Cito

”A força de trabalho presente no sistema de saúde português indicia uma combinação ineficiente de recursos médicos e de enfermagem. Contudo, tal pode não ser suficiente para que seja possível modificar o skill mix disponível … “

“ Assim uma revisão do Skill mix entre médicos e enfermeiros norteada por objetivos de redução de despesa em saúde, no curto prazo, provavelmente não será efetiva e ignorar este aspeto poderá conduzir ao insucesso politico…”

Fim de citação

Sei que reconhece estas palavras Sra Ministra, são suas escritas na sua tese de doutoramento, pela qual a congratulo pq gostei de ler (tem aqui um fã da sua tese de doutoramento Sra. Ministra), no entanto pergunto-lhe o que falhou para não conseguir concretizar o seu pensamento?

Coloco lhe esta questão porque é inaceitável o que se vai passando no Centro Hospitalar do Oeste e as consequências que daí advêm que me escuso de comentar por proteção das vitimas.

Sra. Ministra da Saúde garante que nas Caldas da Rainha vamos voltar a ter condições de acesso a cuidados de saúde condignos?

Por último a Sra. Ministra há pouco dizia que tudo o que se passa no SNS é da sua responsabilidade, ora com a mesma humildade lhe pergunto que se assim é não deveria ser consequente.

5 anos dos Incendios de Pedrogão Grande Comunicado dos Deputados do PSD e a CPD do PSD Leiria

                                                             COMUNICADO

 Depois dos incêndios de 2017, o Governo prometeu uma verdadeira Reforma Florestal que mudaria o paradigma existente e, tornaria a floresta mais resiliente aos fogos, reduzindo o número de ignições e a área ardida.

 Há que reconhecer que algo foi feito no que diz respeito ao combate aos fogos florestais, dotando o dispositivo de combate com mais meios materiais e recursos humanos.

 Mas, relativamente a processos de ordenamento, de reflorestação, de organização da produção florestal, de mudança da paisagem rural, de reintrodução de espécies autóctones mais resistentes e de crescimento lento (em mosaicos florestais), tudo está por fazer…

Para “inglês ver”, o Governo procedeu à assinatura de protocolos com Câmaras Municipais e Organizações de Proprietários e Produtores Florestais, visando a criação de AIGPs (Áreas Integradas de Gestão da Paisagem) que previssem a implementação de operações integradas de gestão da paisagem (OIGPs). Contudo, nada está feito, nada está implementado exceto aquilo que já estava feito pelas ZIFs e outras organizações já anteriormente existentes.

 A floresta está abandonada e a teimosia do Governo em defender a primazia da floresta de conservação, desvalorizando a floresta de produção, leva cada vez mais ao seu abandono e, consequentemente ao aumento dos níveis de perigosidade de ocorrência de incêndios rurais. O problema não está na forma, nos planos e estudos existentes ou em elaboração, o problema está na prática, pois estas políticas governamentais têm uma fraquíssima orientação para a produção, uma falta de visão empresarial, o que as torna erradas pois no terreno não há quem as implemente.

 É preciso envolver os proprietários, capacitá-los, colocar técnicos especializados no terreno e para colaborar na organização e implementação de entidades gestoras, apoiá-los financeiramente, sob pena de perdermos mais uma oportunidade, agora mais grave dado que, com o PRR e o próximo Quadro de Apoio, nunca houve tantos recursos financeiros para pôr a Reforma da Floresta no terreno.

 A Floresta gerida empresarialmente é a floresta que menos arde, por ser a mais bem ordenada e mais limpa, e por isso mais resistente aos fogos.

 Nos territórios que arderam em 2017, assistimos a uma regeneração natural totalmente desordenada e não controlada, com espécies exóticas e invasoras a ocupar os melhores solos e, ao aumento da carga térmica e biomassa, que os torna autênticos “barris de pólvora”, podendo transformar-se novamente no “inferno de Pedrógão” com as consequências materiais e humanas infelizmente conhecidas.

Esperemos que a culpa não volte a ser atribuída aos Autarcas ou aos Bombeiros, pela inação e incompetência do Governo na reabilitação, transformação e progresso destes territórios. Esta inação é uma inaceitável e gritante falta de respeito a todos os que perderam a vida, ou ficaram feridos, ou viram todo o seu património desaparecer em cinzas.

O Partido Social Democrata (PSD) lamenta este desprezo do Governo para com aquelas populações e manifesta a sua disponibilidade para lutar pelo seu direito a uma floresta ambientalmente equilibrada e economicamente produtiva, bem como a sua solidariedade a todas as famílias vítimas dos incêndios de 2017. 

Os Deputados do PSD de Leiria e a Comissão Politica Distrital do PSD de Leiria