Pergunta ao Sr. Ministro do Ambiente e Ação Climática sobre a reflorestação do pinhal de Leiria

Entre os dias 16 e 17 de outubro de 2017, diversos incêndios atingiram 36 concelhos da região Centro, provocando 49 mortos e cerca de 70 feridos, tendo destruído total ou parcialmente perto de 1.500 casas e cerca de meio milhar de empresas.

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), na sequência dos fogos que deflagram nessa data, foram consumidos 190.090 hectares de floresta, cerca de 45% da área total ardida durante 2017.  

O Pinhal de Leiria, uma das grandes heranças e do património natural do nosso país, mandado plantar pelo rei D. Afonso III no século XIII e aumentado substancialmente pelo rei D. Dinis I, teve 86% da sua área completamente incendiada, não tendo restado praticamente nada do mesmo.

Relembramos que em janeiro de 2018, o Primeiro-ministro se deslocou à Marinha Grande para afirmar a urgência de “plantar já este pinhal”, aproveitando a “oportunidade de, ao fazer, fazer diferente e melhor”, anunciando logo para julho desse ano um projeto de reflorestação e a iniciação dos cortes prioritários de árvores nos seis meses seguintes, e que dentro de 1 ano e meio, ou seja, julho de 2019, todo o processo estaria concluído.

Passados 3 anos, e apesar das muitas promessas, praticamente nada foi feito. E importa sublinhar que a Mata Nacional de Leiria, também conhecida por Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, é propriedade do Estado. E é ao Estado que devem ser assacadas as responsabilidades por 3 anos de inação no que ao Pinhal de Leiria diz respeito.

Face ao exposto, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata vêm solicitar ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática, através de V.Exa., a resposta às seguintes questões:

  1. Em que estado se encontra a reflorestação do Pinhal de Leiria?
  2. Qual o investimento público para o projeto de reflorestação da Mata Nacional de Leiria?
  3. Qual a área identificada na Mata Nacional para sementeira ou plantação? Qual a área de aproveitamento da regeneração natural de pinheiro bravo? Que outras espécies estão previstas introduzir? Qual a proporção prevista das espécies florestais na área total Mata Nacional?
  4. Dos cerca de 15 milhões de euros que resultaram da venda de madeira queimada, resultado dos incêndios de 2017, qual foi o destino e os termos da sua aplicação?
  5. Que área da Mata Nacional de Leiria afetada pelo incêndio de 2017 ainda se encontra por cortar? Qual o valor estimado?
  6. Quais os prazos para implementar novos Planos de Gestão Florestal nas Matas Nacionais e dos Perímetros Florestais?

Assembleia da República,

14 de maio de 2020,

Os deputados,

Margarida Balseiro Lopes

Hugo Oliveira

Pedro Roque

Olga Silvestre

João Marques

Pergunta ao Sr. Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital

Assunto: Reabertura de serviços de tatuagens e similares

Destinatário: Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital

Nos últimos dias foram anunciados os prazos de reabertura de estabelecimentos de vários setores de atividade, na sequência da reabertura gradual no âmbito da pandemia que afetou o País e o Mundo nos últimos meses.
Ao Grupo Parlamentar do PSD chegaram várias preocupações acerca da reabertura dos serviços de tatuagem e similares, uma vez que pretendem os profissionais desta área reabrir os seus estúdios com a maior brevidade possível. Deste modo, evitarão que a própria atividade, exercida a título próprio, fique rapidamente condenada ao fracasso económico, que já muito
dificilmente voltará ao normal num curto espaço de tempo. Este regresso, em modo safe & soft opening, é proposto por estes profissionais e baseado nos seguintes pressupostos imperativos:

  • Higienização permanente das mãos e das áreas de contacto com sabão, álcool gel ou produto similar de desinfeção/esterilização, seguido da colocação imediata de luvas descartáveis,
    próprias da atividade;
  • Utilização de aventais e mangas descartáveis por parte do profissional que executa o procedimento;
  • Uso de proteção descartável para calçado;
  • Utilização de máscara facial/viseira por parte tanto do cliente, como do profissional ou staff do estúdio, durante todo o procedimento, seja desde a entrada no estúdio até à saída;
  • O estabelecimento permanecerá sem atendimento ao público, sendo cada atendimento apenas executado mediante marcação prévia;
  • Apenas é permitida a entrada no estúdio de uma pessoa por marcação, não sendo permitidos acompanhantes;
  • No caso de haver no estúdio mais do que um profissional (tatuador/body piercer), obrigatoriedade de respeitar o distanciamento social de 1,5 metros nas áreas comuns;
  • Proibição de utilização de ar condicionado no estúdio;
  • Limpeza e desinfeção de gabinete e superfície entre o atendimento de cada cliente, devendo ainda o espaço da sala ser devidamente arejado por um período nunca inferior a 30 minutos entre marcações.

  • Os deputados do Grupo Parlamentar do PSD, abaixo-assinados, vêm por este meio requerer ao Senhor Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, por intermédio de Vossa
    Excelência, nos termos e fundamentos supramencionados, a resposta à seguinte questão:
  • Em que termos e em que datas será feita a reabertura dos serviços de tatuagem e similiares?

  • Palácio de São Bento, 12 de maio de 2020

Pergunta ao Sr. Ministro da Economia e da Transição Digital

Destinatário: Ministro da Economia e Transição Digital

Assunto: Linhas de crédito para apoio às empresas – Covid19

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República

O momento em que vivemos de incertezas e de dificuldades para o tecido empresarial não se compadece com entropias aos processos de apoio anunciados pelo governo.

As duas linhas de crédito criadas através do IAPMEI, linha de crédito capitalizar “e Covid19- Fundo Maneio” e “Covid 19- Plafond de Tesouraria” ambos os tipos de operação de crédito e de garantia mútua são uma “miragem” para a maioria dos empresários do distrito de Leiria.

A plataforma onde as entidades bancárias submetem os pedidos à garantia mútua está sem funcionar há 15 dias, ou seja, um período em que não foi possível efetuar pedidos.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar do PSD, vêm, por este meio, dirigir ao Ministro da Economia e Transição Digital, através de Vossa Excelência, as seguintes perguntas:

  1. Qual o valor afeto às duas linhas de crédito?
  • Qual o valor já atribuído aos pedidos recebidos?
  • Qual o valor remanescente ainda disponível para apoio nas referidas linhas de crédito.

Deputado(a)s

HUGO PATRÍCIO OLIVEIRA(PSD)

MARGARIDA BALSEIRO LOPES(PSD)

PEDRO ROQUE(PSD)

OLGA SILVESTRE(PSD)

JOÃO GOMES MARQUES(PSD)

Foi aprovada esta quinta-feira a proposta do PSD que estabelece o alargamento do regime de lay-off simplificado aos sócios-gerentes das empresas mais afetadas pela pandemia de coronavírus.

  • O diploma mereceu os votos a favor do PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal, PAN, PEV e Bloco de Esquerda. O PS foi o único a votar contra e o PCP a abster-se.
  • Esta proposta da bancada de Rui Rio — que baixa agora à comissão — prevê o alargamento do lay-off simplificado “aos gerentes das micro e pequenas empresas, como como aos membros dos órgãos estatutários de fundações, associações ou cooperativas”, independentemente do número de trabalhadores que tenham a cargo e do volume de faturação da empresa.
  • Além disso, este diploma propõe a revogação do apoio já lançado pelo Governo para estes portugueses, que lhes garante até 635 euros.
  • Até agora, essa ajuda estava destinada apenas aos sócios-gerentes sem trabalhadores dependentes e com até 60 mil euros de faturação anual, mas esta quinta-feira o Governo aprovou em Conselho de Ministros o seu alargamento aos sócios-gerentes com trabalhadores, fixando como único critério ter um volume da faturação anual não superior a 80 mil euros.