Margarida Balseiro Lopes questiona Ministro das Finanças

🆘 Portugal tem marcado passo no combate à corrupção.

O programa apresentado pelo Governo é mais uma prova de que o combate à corrupção não é uma prioridade para o Governo.

❌Dispensa de visto do Tribunal de Contas até 750 mil euros.

❓Em concursos que tenham ficado desertos, pode haver adjudicação acima do valor base: sem qualquer limite.
A primeira ainda pode ser corrigida no Orçamento, a segunda espera-se que o Governo ganhe noção do escândalo que seria se esta medida fosse aprovada.

Deputados do PSD apresentam Projecto de Resolução que RECOMENDA AO GOVERNO O INCENTIVO AO PLANEAMENTO DA MOBILIDADE E URBANISMO, DURANTE E NO PÓS-COVID, PARA A RESILIÊNCIA DAS VILAS E CIDADES PORTUGUESAS

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 499/XIV/1ª

RECOMENDA AO GOVERNO O INCENTIVO AO PLANEAMENTO DA MOBILIDADE E URBANISMO, DURANTE E NO PÓS-COVID, PARA A RESILIÊNCIA DAS VILAS E CIDADES PORTUGUESAS

Exposição de Motivos

O Mundo nunca mais será o mesmo depois de 2020 e a mobilidade urbana vai ser fundamental na nova equação do planeamento das cidades.

Os dados parecem evidenciar que existe uma relação entre a prevalência de casos Covid-19 e a poluição atmosférica nas cidades. Segundo vários especialistas, esta pandemia não vai desaparecer já, podendo ser até, uma de muitas futuras. Uma reincidência poderá acontecer, mais forte, no inverno e há quem refira que vamos ter de viver em permanentes pandemias, de outras origens e formas, com frequência e ciclos de tempo cada vez mais curtos. Apenas na última década já enfrentámos a Gripe A, a SARS e, agora, a Covid-19.

Neste momento, em Portugal, e depois de mais de dois meses de confinamento, regressamos gradualmente às nossas atividades e ao espaço público. Este regresso deve ser estudado em detalhe, definindo os melhores métodos possíveis para que possamos concretizar esse retorno sem pôr em causa o esforço individual, comum e económico dos últimos meses.

Sabemos que, do ponto de vista dos espaços interiores – públicos ou privados – como serviços, comércio e restauração, equipamentos escolares, sociais, culturais ou desportivos, indústria e transportes públicos, existe um conjunto de recomendações das autoridades competentes que têm vindo a preparar e a acompanhar o desconfinamento e o gradual retorno à normalidade.

Contudo, há uma questão central, que nos preocupa: quais são os planos e as orientações estratégicas de desconfinamento para as aldeias, vilas e cidades portuguesas? Onde está o guião geral para que, cada uma das nossas cidades, vilas e aldeias – na sua diferenciação territorial, social e urbanística e, face à pressão da mobilidade que vinham a sentir antes da Covid-19 – possam ter as orientações para elaborar os seus planos locais de medidas?

Este é o momento de decidir o que fazer em prol da qualidade de vida das pessoas, da saúde pública, da qualidade do ambiente urbano. É o momento de aproveitar a reflexão e estudos já desenvolvidos ao nível do Planeamento da Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) para implementar, de imediato, algumas medidas, mesmo que sob a forma de ensaio, de ações temporárias, rápidas e flexíveis.

É amplamente reconhecido que as taxas de motorização em Portugal são elevadíssimas, das mais altas da Europa, acima dos 60% na utilização do automóvel. Neste particular, nas últimas duas décadas muito se investiu, ainda que com pouco sucesso, na racionalização do uso do automóvel. Este facto justifica-se por dois motivos essenciais: em primeiro lugar, o espaço da cidade que já se tornava exíguo; em segundo, porque os problemas ambientais do nosso planeta começavam a marcar a agenda política mundial, pelos efeitos nefastos para a saúde pública.

Várias cidades têm vindo, nas últimas semanas, a implementar medidas muito eficazes, baseadas na probabilidade de contágio de uma pessoa infetada com Covid-19 e o seu impacto nos utilizadores dos diversos modos de transporte.

Milão, Madrid, Paris, Berlim, Tóquio, Nova Iorque, Vancouver e tantas outras cidades estão a implementar quilómetros de “corredores sanitários” com distanciamento de segurança, incentivando a que as curtas deslocações possam ser efetuadas a pé ou de bicicleta (ou outras modalidades de mobilidade ativa), enquanto se estudam modelos de distanciamento e higienização para se apostar ainda mais nos transportes públicos.

São medidas simples que, aproveitando as artérias destinadas aos automóveis, deram origem a ciclovias, a corredores BUS/BRT ou de emergência e, ainda, que permitiram ampliar passeios, segregando-as por pinturas, mobiliário urbano ou simplesmente através de sinalização temporária, como cones ou outro tipo de balizadores. Desenham-se, ainda, novos lugares de permanência, ampliam-se praças e lugares de vivência urbana, quase sempre resultantes de Planos Estratégicos de Mobilidade e Urbanismo Covid-19.

Também sabemos que Portugal é dos poucos países da Europa que não desenvolveu o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) em todos os municípios, tal como recomendado. Poucos são os municípios que fizeram este percurso, mas o tempo tem evidenciado que, os que o fizeram, têm tido mais sucesso nas políticas de mobilidade e na qualidade de vida dos cidadãos e que, hoje, estarão muito mais preparados para o tempo pós-Covid-19.

Os municípios que já têm PMUS desenvolvidos, devem colocá-lo de imediato no terreno, pois estará em causa a implementação das medidas mais prioritárias já elencadas nesses planos. Os que não os têm devem ser incentivados a desenvolvê-los rapidamente, evitando medidas avulso, não articuladas e, por vezes, mesmo com resultados contraditórios.

Estes PMUS deverão ter duas velocidades de medidas: as imediatas, reativas a esta pandemia; e as de médio e longo prazo, mais estratégicas, continuando o caminho que se estava a trilhar no desenho de territórios mais sustentáveis e mais saudáveis.

Porém, fica a certeza de que nesta complexa nova equação nem tudo se resolverá no processo de mobilidade. Teremos de atuar com uma nova governança. É a altura para serem tomadas as medidas necessárias para a redução das cadeias de deslocação.

Também os picos de saturação, as chamadas horas de ponta, terão de ser aplanadas, através de um esforço coletivo. Uma nova política nos horários de trabalho terá de ser adotada e o teletrabalho, quando possível, poderá passar a ser uma realidade ao mesmo tempo que o urbanismo terá de apresentar uma visão mais holística da cidade, enquanto espaço de cidadania, invertendo as tendências de décadas, na construção de periferias monofuncionais e investindo, agora, num modelo mais eficiente de habitar e viver os lugares. Terá de integrar atividades comerciais e de serviços nos bairros, e investir no desenho de praças e parques verdes de proximidade.

É fundamental “reconstruir” as cidades. Recuperar o edificado numa tendência crescente para a residência em detrimento de uma utilização desmesurada do turismo, como vinha a acontecer.

Urge desenhar os territórios numa escala mais humana e de proximidade, com uma arquitetura também mais adaptada à vida na habitação e atenta à natureza, associada a uma mobilidade mais suave e de reduzido impacto ambiental, onde as tecnologias, a segurança, os dados e os sistemas de informação geográfica passarão a ter papéis transversais relevantíssimos na gestão da cidade. Estes são os enormes desafios das cidades do futuro, que só o planeamento urbano concertado com o planeamento da mobilidade poderá resolver.

É o momento de utilizar esta crise para tomar decisões transformadoras na construção de cidades mais resilientes.

Assim, vem o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, nos termos da Constituição e do Regimento da Assembleia da República, recomendar ao Governo que:

  1. Promova, em estreita articulação com os diversos intervenientes, a adoção de medidas de emergência, concedendo as condições técnicas e financeiras necessárias para as autarquias elaborarem o Plano de Medidas Ágeis de Mobilidade e Urbanismo Covid-19, de custos reduzidos, que incentivem a utilização dos modos sustentáveis de deslocação, privilegiando a aposta efetiva nos modos suaves e ativos, e a criação de percursos pedonais seguros, acessíveis e confortáveis e recorrendo a métodos seguros, ágeis, económicos e temporários de sinalização;
  • Desenvolva efetivamente medidas de maior articulação e intermodalidade dos diversos modos de transporte nos “nós” de mobilidade, nomeadamente as interfaces nos seus diferentes níveis hierárquicos, e o aumento da possibilidade de transporte de bicicletas ou outros velocípedes no transporte público rodoviário, ferroviário e fluvial;
  • Reforce e motive a continuidade das boas práticas de logística urbana adquiridas no período Covid-19, que possibilitem uma redução das deslocações individuais por motivo de compras, incentivando as entregas ao domicílio, essencialmente recorrendo-se a veículos mais amigos do ambiente e com claros benefícios para a saúde pública;
  • Promova, em estreita articulação com os diversos intervenientes dos diversos níveis de governação, a adoção de medidas de curto e médio prazo, que possibilitem: aplanar os picos referentes às deslocações nas horas de ponta, garantir um melhor planeamento da mobilidade nos grandes polos geradores de deslocações e do transporte de funcionários por forma a minimizar as necessidades de deslocação em automóvel; promover um melhor ordenamento do território e urbanístico; a recuperação do edificado numa tendência crescente para a residência em detrimento do turismo temporário; promover a construção sustentável e um desenho de cidade mais atento à qualidade de vida das pessoas, ao impacto causado no ambiente e à eficiência de recursos; e promover uma adequação e ampliação do Código da Estrada, onde se destaque a via pública não somente enquanto espaço dedicado à função de tráfego e circulação mas antes um espaço de fruição e convivência.
  • Por último, após a implementação das medidas ágeis em enquadramento de emergência, urge a necessidade de proceder à sua monitorização e avaliação, adicionando-se as medidas de curto e médio prazo anteriormente referidas, integrando-as num único documento estratégico.

Assim, deve o Governo articular e colaborar com as autarquias, legislando sobre a obrigatoriedade de elaboração de Planos de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS), financiados pelo Governo Português e em conformidade com o Guião da Comissão Europeia (SUMP Guidelines) e as estratégias nacionais e europeias existentes em matéria de mobilidade suave, alterações climáticas, e neutralidade carbónica, que possibilitem uma visão holística sobre o território, sem deixar de perder o seu foco essencial na melhoria da qualidade de vida urbana e da saúde pública.

Assembleia da República, 29 de maio de 2020

As/os Deputadas/os,

Luís Leite Ramos

Bruno Coimbra

Hugo Carvalho

Hugo Oliveira

Paulo Leitão

António Lima Costa

António Topa

Emídio Guerreiro

Filipa Roseta

João Marques

João Moura

José Silvano

Nuno Carvalho

Ofélia Ramos

Pedro Pinto

Rui Cristina

Deputados do PSD questionam Ministra da Saúde sobre prescrições dos tratamentos termais(por escrito)

Pergunta: não prescrição de tratamentos termais no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.

Destinatário: Ministra da Saúde

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), “O Termalismo encontra-se alinhado com o Plano Nacional de Saúde, revisão a 2020 e pode contribuir para o tratamento e prevenção de patologias crónicas bem como para uma eventual redução da despesa em meios complementares de diagnósticos e terapêutica e em medicamentos”.

Por sua vez, a Portaria n.º 337-C/2018, de 31 de dezembro, estabeleceu o regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sob a forma de projeto-piloto, regime que vigorou nesse ano e em 2019.

Entretanto, o Orçamento do Estado para 2020, aprovado pela Lei n.º 2/2020, de 21 de março, prorrogou o referido projeto-piloto, dando continuidade ao referido regime de comparticipação dos tratamentos termais, dentro do enquadramento operado pelo seu artigo 396.º

Facto é, porém, que, tendo embora o Orçamento do Estado entrado em vigor há já mais de dois meses, não tem sido possível aos médicos dos cuidados de saúde primários prescreverem tratamentos termais, pelo facto de estes não estarem disponíveis, para esse fim, no respetivo software clínico, situação que importará aquilatar se ocorrerá também em outras áreas clínicas.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar do PSD, vêm, por este meio, dirigir à Ministra da Saúde, através de Vossa Excelência, as seguintes perguntas:

  1. Confirma o Governo que os serviços de saúde dos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não estão a prescrever tratamentos termais, apesar de tal se encontrar previsto e enquadrado nos termos do artigo 396.º da Lei do Orçamento do Estado?
  2. Em caso afirmativo, deve-se tal facto à indisponibilidade do respetivo software clínico?
  3. Existem outras áreas clínicas, nos cuidados de saúde primários, onde se verifiquem dificuldades de prescrição por indisponibilidade do software clínico?

Palácio de S. Bento, 9 de junho de 2020

Os Deputados do Grupo Parlamentar do PSD,

Hugo Oliveira

Rui Cristina

Sandra Pereira

António Maló de Abreu

Fernanda Velez

Helga Correia

Pedro Alves

Os mercados e os feirantes

O prisma em que vemos os mercados varia da forma como os queremos ver.

Se olharmos para a perspetiva do consumidor o que este procura ? A qualidade dos produtos e as melhores condições de conforto, mas em grande percentagem procuram o melhor preço. E na medida dos seus interesses lá têm a preocupação com aqueles que diariamente fazem da sua vida uma presença constante nestes locais como forma de sobrevivência.

E assim falamos dos vendedores, aqueles que trabalhando e “lutando” pela sua vida estão todos os dias a dar a cara pelos seus produtos, faça chuva ou sol, com ou sem pandemia ( desde que os deixem).

A estes tudo é exigido, desde um sorriso, a bons preços e qualidade dos produtos.

Mas também são estes que em muitos casos acordam de madrugada, fazem vários quilómetros e vão montar as suas estruturas à espera que os compradores apareçam e contribuam para o seu “ganha pão”.

E naqueles casos em que os vendedores também são produtores ( essencialmente vendedores de bens perecíveis) quando acabam a sua venda vão lavrar a terra, cuidar dos produtos e preparar as colheitas para  em muitos casos voltarem à venda no dia seguinte, dia após dia, mês após mês.

Nesta quarentena foram também estes “agentes” alimentares que não pararam para que tivéssemos comida na mesa, nomeadamente, na produção e nas cadeias curtas de venda de produtos.

Estes produtores e vendedores merecem da nossa parte uma palavra de agradecimento e conforto.

O melhor reconhecimento que lhes podemos prestar é nos disponibilizarmos para consumir produtos nos mercados locais e tradicionais incentivando esta cadeia de valor.

Hugo Oliveira intervém em Plenário sobre 2 Proj. Res relativos ao apoio a indústrias poluentes

Sr. Presidente

Srs. Deputados

Os dois projetos de resolução partem de um princípio que acompanhamos: a preocupação com o planeta, assente na prioridade de investir em tecnologias limpas e verdes, para garantir a transição para uma economia neutra em carbono. A descarbonização é hoje uma necessidade que não podemos, não devemos adiar.

Temos de incentivar uma economia sustentável apostando num programa de eficiência energética e energias renováveis.

De facto, o caminho faz-se caminhando e temos de tomar decisões, mas a verdade é que a grande maioria das empresas, de uma forma ou de outra, ainda precisam de combustíveis fósseis para desenvolver a sua atividade.

Isto significa que propor não conceder apoios a empresas que os usem, neste momento de pandemia em particular, limita qualquer apoio que tantas empresas precisam.

Assim será errado usar esta tipologia que fere o princípio.

O princípio que partilhamos não deve permitir que esqueçamos a necessidade urgente de garantir os postos de trabalho que direta ou indiretamente poderiam ser afetados com uma medida como esta.

Aliás, imaginem o impacto social no desenvolvimento local que teriam, neste momento de recuperação de uma pandemia global, estas medidas. Um impacto ainda maior no caso das grandes indústrias que aqui se quer impedir de qualquer tipo de apoio.

Mas por uma questão de princípio, volto a afirmar que este é de facto o momento de fazer melhor. A paragem mundial resultante do Covid19 evidencia no horizonte a prioridade que tem de ser dada ao planeta por quem tem de decidir.

Este é o momento para o governo implementar verdadeiras políticas de sustentabilidade – social, económica e ambiental – assentes na economia circular. O governo tem de assumir as suas responsabilidades e contribuir para uma gradual e rápida descarbonização da indústria.

Os apoios devem, por isso, estar também, e em parte, associados a um compromisso de desempenho ambiental e de eficiência nas cadeias produtivas por parte daqueles que os recebem.

E pela mesma coerência de princípio o PSD no programa de recuperação económica ontem apresentado deixa bem clara a sua intenção de aposta em medidas de apoio a uma economia verde com base na transição digital e na economia circular. O compromisso do PSD com as empresas, com a indústria, é precisamente em fazer o caminho para um cada vez melhor desempenho ambiental, com menor impacto, maior descarbonização e processos mais eficientes e sustentáveis.

Por último as medidas a tomar devem sempre ter em conta o contexto da sua aplicação, pelo que devemos ser defensores do planeta sem demagogia.

A Primavera …

Há alguns anos para cá que sinto que as estações do ano tendem a deixar de ser quatro e passar essencialmente a duas o Inverno e o Verão, esta é apenas uma perceção minha, sem base científica.

Ouso hoje refletir sobre esta matéria até porque neste momento tão diferente tenho a sensação que muitos de nós nem nos apercebemos que a primavera chegou e está quase a acabar, quer pela dificuldade de desfrutar dos espaços verdes, quer de sentir o cheiro das flores.

Por certo uma primavera bem diferente e confinada às regras de distanciamento social. De facto, esta estação é geralmente um momento de alegria e de cor que encerra um período mais “cinzento” de um inverno característico. Assim, habitualmente nesta, altura as pessoas saem para a rua com alegria e vontade de usufruir do espaço público  e da natureza ( note-se que por exemplo nos países do norte da europa ainda é muito mais intenso este sentimento) e vêm-se nas ruas as pessoas a conviver e a interagir.

Ora, este é um ano totalmente diferente e a medo começámos a “desconfinar” num instinto de sobrevivência e de equilíbrio mental. Enquanto vamos tentando perceber como podemos adaptar os tradicionais modelos de trabalho, como vamos á praia no Verão ou como vamos voltar a ter uma refeição com os nossos familiares e amigos, entre uma panóplia de “vontades” criadas por este período de retiro. A Primavera está a acabar e vamos entrar no Verão com um sentimento estranho de que nem sequer tivemos a oportunidade de “respirar” o ar puro que esta época sempre nos traz.

Aliás, acredito que muitos andem à “luta” com as suas roupas de meia estação sem saber se as guardam para o próximo ano já que as do verão começam a ganhar primazia, provavelmente outro sinal que a Primavera passou sem deixar rasto.

Resta-nos não perder o sorriso que a Primavera geralmente nos trás e garantir que se mantém num Verão diferente mas, que se quer intenso e  vivido com o cuidado necessário. Também nos resta a esperança de que o Outono não nos traga uma segunda vaga que nos “abata”, a nós e à economia e, que não nos retire a magia do natal em família.

Por último, arrisco dizer que agora vamos ter de facto duas “estações”: o confinamento e o desconfinamento.

Hugo Oliveira