PSD questiona o Governo sobre o caos que se vive no Hospital das Caldas da Rainha

PSD questiona o Governo sobre o caos que se vive no Hospital das Caldas da Rainha 

Os deputados do PSD estão preocupados com o a situação “absolutamente dramática, desesperante e totalmente inaceitável” que se vive no hospital das Caldas da Rainha.  

Numa pergunta dirigida à Ministra da Saúde, os sociais-democratas recordam que os chefes de equipa e do Banco do Serviço de Urgência pediram demissão dos respetivos cargos, enquanto não estiverem assegurados os requisitos mínimos para o funcionamento em segurança. 

Num comunicado, os profissionais da Medicina Interna alertaram para o caos que se vive na Unidade das Caldas da Rainha e afirmam que “o Serviço de Urgência está em rutura completa”, não estando asseguradas “as condições mínimas de qualidade assistencial, nem de segurança, nem para os profissionais de saúde, nem para os doentes”.  

Entre os problemas identificados pelos profissionais, estão “o excesso de doentes que recorrem e permanecem indevidamente no SU, as escalas persistentemente incompletas – sem cumprirem os mínimos aceitáveis – o desvio frequente de doentes fora de área e a proibição de transferir doentes para os seus hospitais de origem”. 

Face a estes alertas, os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria e da Comissão de Saúde querem saber se a Ministra tem conhecimento da situação reportada e quais as soluções que serão adotadas para garantir os níveis mínimos de segurança para o funcionamento do serviço de urgência da unidade. 

DECLARAÇÃO DE VOTO dos Vereadores do PSD na Câmara Municipal das Caldas da Rainha sobre o Orçamento de 2022

PSD

GOP/2022

No passado dia 09 de Dezembro decorreu uma reunião extraordinária do executivo municipal onde foi apresentada a proposta de orçamento e grandes opções do plano para o ano de 2022 do município das Caldas da Rainha.

              Salientamos o esforço dos serviços municipais por terem conseguido obter os elementos necessários à elaboração deste documento de modo a que o mesmo possa ser sujeito à votação ainda em 2021, apesar de este ser um ano de eleições. Assim em caso de aprovação será possível o orçamento entrar em vigor em 2022.

              O documento é presente, em nossa opinião, de forma excessivamente programática, fazendo questão de salientar, sem necessidade, o grupo político “Vamos Mudar” como identificador do documento que estamos a apreciar. Nunca foi dito no passado que o documento era relacionado com o PSD. O documento depois de aprovado é de todo o Município e de todas as forças políticas nele representadas.

              Quanto ao orçamento da receita, podemos constatar da proposta apresentada, que a Receita reduz, mas que a receita corrente aumenta cerca de 813.000,00€ de 2021 para 2022 e cerca de 33% (mais de 7.000.000,00€) de 2018 a 2022, o que garante uma maior autonomia financeira e orçamental. Este aumento da receita corrente resulta do crescimento económico do concelho apesar da crise nacional, fruto do trabalho dos executivos anteriores, e dos agentes económicos do concelho. A confiança que os agentes económicos tinham no município, no desenvolvimento da actividade económica do concelho, na qualidade de vida que é proporcionada aos nossos concidadãos e na sua atractividade, constituíram factores importantes que contribuíram para um maior investimento económico, o que proporcionou um aumento de receita corrente apesar dos impostos municipais serem os mais baixos da região onde estamos inseridos.

              A receita de capital reduz por quebra de transferência de fundos comunitários, já que, a maioria das obras financiadas pelo actual quadro comunitário de apoio estão concluídas ou em vias de conclusão. No entanto grande parte dos fundos comunitários a receber são para obras já pagas pelo Município pelo que podem ser aplicadas essas verbas para outras obras que não tenham financiamento comunitário.

              Quanto à despesa, a mesma naturalmente também reduz. No entanto a despesa corrente aumenta (+ 1.673.000,00€) (+8%) o que é um valor bastante significativo. Os maiores aumentos de despesa corrente são em aquisição de bens e serviços (+ 1.100.000,00€) (+16%), em transferências correntes (+550.000,00€) (+14%) e em despesas com pessoal (+170.000,00€) (+2%).

              A despesa de capital reduz em aquisição de bens de capital mais de 4.000.000,00€ (-23,5%) o que se traduz em menos investimento público.

              Ou seja, mais despesa corrente e menos investimento público.

              No que respeita as Grandes Opções do Plano para 2022, constatamos que, apesar de alguns projectos que foram deixados pelo executivo anterior, existem muitas obras e projectos com abertura de rubrica com 100,00€, o que indicia que dificilmente começarão em 2022 pois não têm concurso aberto. Além disso há outras obras e projectos que nem sequer têm rubrica aberta o que significa que só iniciarão procedimento para 2023/2024.

              Relativamente a rubricas abertas com valor residual destacamos as seguintes obras:

              – Requalificação da EB do Bairro da Ponte;

              – Creche dos Carreiros (A-dos-Francos);

              – Valorização Energética e Reabilitação da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha;

              – Arquivo Municipal;

              – Alargamento e Reabilitação do Museu da Cerâmica;

              – Oficina dos Artistas;

              – Reparação de Piscinas Municipais;

              – Beneficiação de Pavilhões Desportivos (PRDL urgente);

              – Construção de Campos de Futebol Sintéticos (Campo);

              – Requalificação do Centro de Saúde das Caldas da Rainha;

              – Construção do Novo Balneário Termal;

              – Lar das Enfermeiras;

              – Requalificação do Largo da Igreja do Nadadouro;

              – Mobilidade pedonal/passeios;

              – Via Paralela à Rua Dr. Vieira Pereira;

              – Alargamento da Rua da Estação;

              – Silo- Auto junto à Estação;

              – Passagem Superior de Peões;

              – Requalificação da Praça 5 de Outubro;

              – Parque Infantil do Areeiro;

              – Sanitários Públicos no Largo Rainha D. Leonor;

              – Alargamento e Beneficiação do Cemitério de Nª Sra. Do Pópulo;            

              – Alargamento e Cemitério de Santo Onofre;

              – Requalificação da Frente Lagunar e Marítima da Foz do Arelho;

              – Requalificação da Frente Lagunar e Marítima de Salir do Porto;

              – Sanitários Públicos do Mercado Semanal;

              – Requalificação do Edifício do Centro Empresarial – Expoeste;

              – Área de Acolhimento Empresarial – 2ª fase;

              – Percursos Pedonais nas Freguesias;

              – Variante de Santa Catarina;

              – Variante do Carvalhal Benfeito;

              – Ciclovia dos Vidais;

              – Reconstrução e Reabilitação do Cais Palafítico e Observatório de Aves da Lagoa de Óbidos;

              – Centro de Recolha Oficial novo;

              – Loja do Cidadão e

              – Gabinete de Apoio ao Munícipe.

Registamos que algumas destas obras foram incluídas com abertura de rubrica depois de proposta apresentada pelo PSD na reunião de 9 de Dezembro.

Ficamos a aguardar pela Revisão Orçamental prevista para Fevereiro próximo que, ao abrigo da nova legislação em vigor, permitirá a introdução do Saldo da Conta de Gerência. Tudo aponta para, na sequência da gestão do mandato anterior, que o Saldo se situe entre os 7.000.000,00€ e os 8.000.000,00€ o que permitirá reforçar as rubricas atrás referidas e nessa altura se poderá avaliar melhor quais as opções do actual executivo municipal.

Para além disso há um conjunto de obras já propostas e algumas com estudos iniciados que nem sequer constam com rubrica aberta como sejam:

– O 2º Silo-Auto no final da Rua 15 de Agosto para aumentar o estacionamento;

– O Centro Náutico;

– O Museu do Humor;

– A Requalificação do Museu João Fragoso;

– A Habitação Jovem de Santa Catarina;

– A mobilidade pedonal/passeios em Santa Susana.

Além disso, constatamos as excessivas referências a estudos e projectos no descritivo que acompanha as GOP´s, o que faz indiciar uma tentativa de protelar no tempo a capacidade de execução, assim como nos oferece dúvidas a necessidade de proceder já a uma revisão do Plano Estratégico que está previsto vigorar até 2030.

Verifica-se, erradamente no nosso ponto de vista, o abandono da ideia de construir um novo Centro de Apoio Empresarial no Loteamento empresarial junto à Av. Paiva e Sousa.

Não se verifica a intenção de iniciar um processo novo de Orçamento Participativo e não estão previstas aberturas de novas rúbricas para dar continuidade futura ao Plano de Repavimentações.

Registamos que foi feita uma excessiva redução dos apoios às Associações, em particular as Associações desportivas que esperamos venham a ser repostos na revisão de Fevereiro.

De salientar ainda que, ao contrário do que ocorreu nos mandatos anteriores, não estão previstos aumentos nas várias rubricas das Delegações de Competências às Juntas de Freguesia. Os custos das obras e materiais aumentaram significativamente pelo que este não aumento significa um verdeiro decréscimo da capacidade de realização das Juntas de Freguesia o que lamentamos.

Surpreende-nos a intenção de integração da área da Juventude na área de Desenvolvimento Humano. Consideramos que a área da Juventude pela sua importância no tecido social caldense deveria continuar a ser uma área autónoma.

Continuamos ainda a alertar que o Município não restrutura serviços quando se está a referir a instituições das quais não é sócio como sejam a ADIO, a ADJ e a CULTURCALDAS.

Assim, em conclusão, embora a proposta das GOP´s e Orçamento para 2022 não inclua todas as obras e projectos preparados anteriormente e não contemple, para já, mais verba para as delegações de competências para as Juntas de Freguesia, para os apoios adequados às Associações e ainda verba para muitas das obras e projectos inscritos, não queremos deixar de dar o benefício da dúvida neste inicio de mandato pelo que votamos favoravelmente os documentos apresentados.

Nota: Na sequência da intervenção do Sr. Vereador do Partido Socialista não podemos deixar de reagir no sentido de constatar que este “encostar ao PS” por parte do Vamos Mudar na Câmara Municipal está a proporcionar um papel diferente ao Sr. Vereador do PS relativamente ao executivo em funções. Assim o PS parece abdicar da sua função de oposição. Não é aceitável que prefira fazer oposição à oposição do PSD em vez de se concentrar na missão para o qual foi eleito.

                                          Caldas da Rainha, 13 de Dezembro de 2021

                                          OS Vereadores eleitos pelo PSD das Caldas da Rainha

                                                         Fernando Tinta Ferreira

                                                         Hugo Oliveira

                                                         Maria João Domingos

Aprovada Redação conjunta dos projetos de resolução do PSD (n.º 746/XIV/2ª), CDS (nº 751/XIV/2ª), BE (nº 803/XIV/2ª), PEV (nº 823/XIV/2ª), PCP (1327/XIV/2ª) e PS (nº 1339/XIV/2ª) sobre a Linha do Oeste

Recomende ao governo que dê início às diligências necessárias à modernização e requalificação da Linha do Oeste no troço entre Caldas da Rainha e Coimbra/Figueira da Foz, bem como o respetivo projeto de execução, e proceda, atempadamente, à cabimentação dos recursos financeiros necessários. 

2 – Mandate a Infraestruturas de Portugal para desencadear os estudos técnicos para a realização do projeto de execução da modernização e eletrificação do troço entre Caldas da Rainha – Louriçal até final de 2021, de forma a que os trabalhos de requalificação decorram de forma contínuo até à requalificação integral da linha.

3 – Conclua o concurso e adjudicação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha; 

4 – Cumpra os prazos de execução da obra entre Meleças e Torres Vedras, bem como forneça novas composições para a data em que a modernização e eletrificação de todo o troço entre Meleças e Caldas da Rainha esteja concluída (2023).

5 – Equipe a Linha do Oeste com carruagens multifuncionais, que possibilitem aos passageiros o trabalho à distância com acesso à internet, assegurem a existência de áreas dedicadas a crianças, a possibilidade de transporte de bicicletas e incluam livre acesso e lugares reservados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 

6 – Inclua, nos três troços sob intervenção, da remodelação de estações e apeadeiros conferindo-lhes adequadas condições de comodidade e informação automática aos passageiros sobre a circulação de comboios.

7 – Promova o planeamento e a operacionalização da intermodalidade em transportes públicos junto das estações ferroviárias das Comunidades Intermunicipais e dos Municípios servidos pela Linha do Oeste, particularmente nas três cidades de maior dimensão (Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria) tendo em vista a que, na sua proximidade, funcionem interfaces rodo-ferroviários nos horários de chegada/partida de composições ferroviárias. 

8 – Tome medidas por forma a assegurar que os bilhetes dos passageiros que circulam na Linha do Oeste sejam substancialmente mais baratos do que as alternativas rodoviárias e que os passes sociais abrangidos pelo PART incluam a CP nas deslocações intrarregionais, com financiamento assegurado pelo Estado central concretizado através de acordos envolvendo designadamente as CIM e a AML, acabando com a discriminação ainda existente.

9 – Estabeleça ou reformule concessões de transporte público rodoviário entre algumas estações e apeadeiros e sedes de concelho próximas da Linha (Lourinhã-Bombarral, Peniche-Dagorda, Ericeira-Mafra, Cadaval-Bombarral) de modo a possibilitar um maior uso do transporte ferroviário nos concelhos próximos da Linha do Oeste;

10 – Determine à CP – Comboios de Portugal, E.P.E. que estude a adequação dos horários vigente às necessidades da população, garantindo que o transporte ferroviário na Linha do Oeste ofereça tempos de deslocação mais curtos que as alternativas rodoviárias. 

11- Assegure a ligação entre a Linha do Oeste e a nova Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa.

Em resposta aos deputados do PSD do círculo de Leiria a Ministra da Saúde respondeu de acordo com o documento em anexo.

Pergunta:

No passado dia 30 de abril o Secretário de Estado de Saúde anunciou a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) no Centro Hospitalar do Oeste, funcionando simultaneamente nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras e que será dotada de 12 camas.

Sucede que, para uma UCI funcionar no CHO, deverá ser necessário formar intensivistas e, neste caso, serão necessários, pelo menos, oito médicos com a referida especialidade clínica.

Cumpre igualmente realçar que o consabido atraso na conclusão das obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha tem acarretado uma sobrelotação fortemente lesiva dos direitos dos utentes do SNS ali internados, os quais “desesperam” durante horas e mesmo dias em macas nos corredores.

Por outro lado, sabendo-se da necessidade das obras na Obstetrícia e Neonatologia, tardam as decisões sobre o futuro destas especialidades no hospital das Caldas da Rainha.

Finalmente, importa não esquecer que, apesar de aprovado o hospital de dia de diabetes para o hospital das Caldas da Rainha, o mesmo ainda não ter sido instalado.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar do PSD, vêm, por este meio, dirigir à Ministra da Saúde, através de Vossa Excelência, as seguintes perguntas:

  1. Porque razão só foram abertas duas vagas para a especialização de intensivistas para o UCI do CHO, tendo por base o já referido sobre a necessidade de formação para pelo menos oito intensivistas para que a UCI seja uma realidade ? Vão ser abertas mais vagas?
  2. Qual a politica de atratividade para fixação de profissionais de saúde na abrangência do CHO, que a Senhora Ministra preconiza?
  3. Qual é a data prevista para a conclusão das obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha?
  4. Qual o ponto de situação dos projetos para as obras na Obstetrícia e de Neonatologia?
  5. Qual o ponto de situação da instalação do hospital de dia de diabetes?
  6. Qual o ponto de situação da ADR – Área dedicada a respiratórios, nomeadamente a utilização do “contentor” adquirido para o efeito? E qual o investimento efetuado até ao momento com este serviço?
  7. Qual o prazo para a conclusão do Plano Diretor do CHO e quais as suas linhas mestras?
  8. Tendo em conta as candidaturas aprovadas no âmbito do SAMA com o intuito de modernizar os serviços, nomeadamente “CHOESTE 4 All no valor de 999.957,00€ , “CHO `NECT” no valor de 820.400,00€, “+CHO na senda da Qualidade”, no valor de 438.180,00€, “ Certificação da qualidade” no valor de 633.880,00€“CH Oeste sem Papel” no valor de 826.694,25€, qual é o ponto de situação de cada uma das candidaturas aprovadas, incluindo taxa de execução das mesmas?
  9. Sem perder no horizonte a construção de um novo Hospital do Oeste, e sabendo que a sua concretização dificilmente decorrerá antes de uma década, questionamos a Sra. Ministra sobre a eventual ampliação do Hospital das Caldas da Rainha, para fazer face aos desafios nesse período criando condições de trabalho para os profissionais e com consequência imediata na melhoria do acesso aos serviços de saúde por parte dos utentes ?
  10. Qual a posição da Senhora Ministra da Saúde sobre a eventual reversão do CHO, novamente em Centro Hospitalar do Oeste Norte e Centro Hospitalar do Oeste Sul ?
  11. Para quando o aumento do capital estatutário da Empresa Pública Empresarial (EPE) Centro Hospitalar do Oeste?
  12. Tendo em conta o total desfasamento da classificação dos hospitais face as realidades do país e mais concretamente da região, com a consequência óbvia no seu financiamento, para quando a reclassificação do Hospital das Caldas da Rainha?