O prisma em que vemos os mercados varia da forma como os queremos ver.
Se olharmos para a perspetiva do consumidor o que este procura ? A qualidade dos produtos e as melhores condições de conforto, mas em grande percentagem procuram o melhor preço. E na medida dos seus interesses lá têm a preocupação com aqueles que diariamente fazem da sua vida uma presença constante nestes locais como forma de sobrevivência.
E assim falamos dos vendedores, aqueles que trabalhando e “lutando” pela sua vida estão todos os dias a dar a cara pelos seus produtos, faça chuva ou sol, com ou sem pandemia ( desde que os deixem).
A estes tudo é exigido, desde um sorriso, a bons preços e qualidade dos produtos.
Mas também são estes que em muitos casos acordam de madrugada, fazem vários quilómetros e vão montar as suas estruturas à espera que os compradores apareçam e contribuam para o seu “ganha pão”.
E naqueles casos em que os vendedores também são produtores ( essencialmente vendedores de bens perecíveis) quando acabam a sua venda vão lavrar a terra, cuidar dos produtos e preparar as colheitas para em muitos casos voltarem à venda no dia seguinte, dia após dia, mês após mês.
Nesta quarentena foram também estes “agentes” alimentares que não pararam para que tivéssemos comida na mesa, nomeadamente, na produção e nas cadeias curtas de venda de produtos.
Estes produtores e vendedores merecem da nossa parte uma palavra de agradecimento e conforto.
O melhor reconhecimento que lhes podemos prestar é nos disponibilizarmos para consumir produtos nos mercados locais e tradicionais incentivando esta cadeia de valor.